Bitcoin está resiliente, mesmo com a ressaca tarifária dando dor de cabeça mundo afora. Veja o desempenho do dia, também sobre o Ouro, o Real/Dólar e S&P500, em uma informação dinâmica e objetiva.

Bitcoin desde a abertura no dia 02, se mantêm resiliente em uma faixa de preço entre US$ 81.000 e US$ 85.000, deixando para trás, não sei por quanto tempo, uma correlação positiva com o S&P500 que vem desde meados de 2024 que por vezes menciono aqui, inclusive falei sobre isto ontem mesmo, mas já estava sendo reduzida.

Está se formando uma forte zona de liquidação na região de US$ 81.000, que poderá puxar o preço para baixo novamente.

Temos então uma briga grande entre Touros e Ursos, na qual desde janeiro os Ursos tem mostrado mais força juntamente com o apetite das baleias em comprar cada dia mais barato das sardinhas. Ainda há uma forte possibilidade da continuidade do movimento de queda, estamos chegando ao fim de semana e deveremos ter poucas movimentações salvo saia alguma notícia seja ela favorável ou desfavorável. No domingo farei a análise de abertura da semana e então estarei novamente, vendo como fechou semana, apontando as melhores possibilidades de movimentos. Até lá.

Considero a recente queda nos preços do Ouro como uma oportunidade de compra e continuo firme de posições longas no metal como minha "visão de maior convicção em commodities". Queda como a de hoje pode ser atribuída a fatores técnicos de curto prazo, incluindo liquidação de posições ligadas à fraqueza mais ampla do mercado de ações e alguma rotação para ativos alternativos, mas vejo suporte duradouro para os preços do ouro no médio prazo. A demanda estrutural dos bancos centrais de mercados emergentes, combinada com aumentos previstos nos fluxos de fundos negociados em bolsa (ETF) devido aos cortes esperados nas taxas do Federal Reserve e preocupações com recessão, devem fornecer suporte adicional. Mas vimos hoje um forte suporte sendo rompido, podendo fazer uma maior correção, o que é totalmente sadio para mercado.

O Dólar dispara, chega a ser cotado a R$ 5,87 recuando um pouco e está agora em R$ 5,85 e deve fechar o dia assim. Venho mencionando que a fragilidade da política fiscal aqui vem sendo favorecida pela desvalorização do dólar pelos EUA, e como hoje o DXY voltou a subir vimos aí esta disparada. Cresce os temores de uma guerra comercial global após a China retaliar as tarifas anunciadas nesta semana pelo presidente dos Estados Unidos e isto pode afetar de forma muito contundente o Brasil, mesmo tendo sido taxado em apenas 10%. Vamos ver as cenas dos próximos capítulos.

Sobre o S&P500 resta pouco a falar, os gráficos têm mostrado mais. As chances de recessão aumentaram materialmente, em minha opinião e acrescento que as tarifas anunciadas em 2 de abril levaram o lucro por ação (LPA) do S&P500 para abaixo de sua estimativa anterior de cenário pessimista, então poderemos ver um agravamento ainda maior desta situação.



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